terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aboim Revisited

Depois do grande poema futurista “Ode Penetral”, Tiago Peixoto e Joel Coelho entraram numa fase abúlica devido as derrotas do ADRVG na segunda divisão da FADA. Então inspiram-se na vida de Pedro Carvalho (Madeixas) para escrever uma nova obra esperando o sucesso e vitórias do ADRVG na segunda divisão.

Aboim Revisited

Não: Não quero nada

Já disse que não quero nada

Não me venham com presuntinhos!

A única conclusão e não existir

Não me tragam cebolinhas salgadas Azeitónas

Não me falem dos meus quarénta coelhos

Tirem-me desta casa de rameiras

Sou vindimador, e tenho poda e lagares dentro de mim

Faço a lavoura, e puxo o semeador.

Tindes alguma coisa contra?

Queria-me tudo nuzinho, só de meias?

Queria-me pai de um filho de uma rameira?

Se eu fosse outra pessoa não lhes fazia a vontade

Assim, como sou eu tenham paciência eu faço a vossa vontade

Ó água azul – a mesma do meu bidé

Quaréntona mamalhuda e perfeita

Ó macia Ribeira de Santa Natália ancestral e mundo

Ó magoa revisitada, Aboim de outrora de hoje.

Ai eu era tão feliz se não existisse.


Nota: Este poema foi escrito em Aboimnensse


Homenagem a Alvaro de Campos.

Homem dos poemas em Vila Garcia.